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Pré Aula 2 - Potência, Perdas em Transmissão e Rendimento

Os sistemas de transmissão automotiva têm a função de transferir a potência gerada pelo motor até as rodas, controlando velocidade e torque de acordo com as condições operacionais do veículo. Existem diferentes tipos de sistemas de transmissão mecânica, como correias, correntes e engrenagens, cada um com características e eficiência específicas. A relação entre velocidade, torque e potência é fundamental para o desempenho do veículo, assim como o entendimento das perdas que ocorrem durante a transmissão de potência.

Tipos de Transmissão Mecânica:

Relação entre Velocidade, Torque e Potência

A potência é uma função da velocidade angular e do torque.

Essa relação destaca que, para uma mesma potência, um aumento na velocidade requer uma diminuição no torque e vice-versa. O sistema de transmissão ajusta esses parâmetros para entregar o torque necessário às rodas conforme a demanda.

Perdas em Transmissão Mecânica

Ao transmitir potência, ocorrem perdas devido a atrito, deslizamento, aquecimento e deformações mecânicas. A potência de entrada em um sistema de transmissão mecânica é parcialmente convertida em potência útil e parcialmente dissipada em forma de calor ou outras perdas:

O rendimento de uma transmissão é dado pela relação entre a potência de saída e a potência de entrada.

Valores típicos de rendimento para sistemas mecânicos variam de 80% a 98%, dependendo do tipo de transmissão e das condições operacionais.

Onde Encontrar Dados de Perdas e Dissipação

Os dados de perdas e dissipação podem ser obtidos em:

Potência Útil e Dissipada

Passo a Passo para Dimensionamento de Sistemas de Transmissão Considerando Perdas

  1. Determinação da Potência de Entrada (Pe): Identifique a potência fornecida pelo motor ou outra fonte de energia mecânica.
  2. Escolha do Tipo de Transmissão: Selecione o tipo de transmissão (correias, correntes, engrenagens) baseado nas necessidades do sistema (torque, velocidade, precisão, espaço disponível).
  3. Cálculo do Rendimento (η): Utilize tabelas de eficiência de componentes (ex.: engrenagens helicoidais têm rendimentos de 95-98%, correias de 80-90%).
  4. Cálculo da Potência de Saída (Ps): A potência de saída é igual à potência de entrada multiplicada pelo rendimento do sistema.
  5. Identificação das Perdas: As perdas no sistema podem ser calculadas pela diferença entre a potência de entrada e a potência de saída. Isso inclui perdas por atrito, deslizamento e aquecimento.
  6. Verificação das Condições Operacionais: Analise o sistema quanto a fatores como aquecimento, desgaste, lubrificação e alinhamento dos componentes, que afetam as perdas no longo prazo.
  7. Ajustes no Sistema: Se necessário, adote estratégias de melhoria como escolha de materiais de menor atrito, ajustes no alinhamento ou uso de lubrificantes eficientes.